Como
o carnaval está chegando e poucas coisas acontecem no rodeio, resolvi voltar no
tempo uma semana e contar um "causo" para vocês.
Entre
os dias 14 e 16 de Fevereiro, estive trabalhando como comentarista na final
nacional da IPR – International Pro Rodeo. O rodeio aconteceu em São João da
Barra, Rio de Janeiro, na Praia de Grussaí.
Foram
três dias de competição, onde os quinze melhores ranqueados da IPR, disputaram
a premiação de 39 mil reais, incluindo uma moto para o campeão da etapa final e
um carro para o campeão nacional. Sei que você já está pensando: “Isso já faz
tempo Eugênio” Continue lendo e entenderá onde quero chegar.
Uma
realização da Companhia Tony Nascimento, empresa especializada em eventos e
líder no mercado nos estados do Rio de Janeiro e Espirito Santo, em parceria
com a Prefeitura Municipal de São João da Barra, governada pelo arrojado
Prefeito José Amaro Martins de Souza conhecido como “Neco”.
O
campeão como todos já sabem foi Diego Borges, de Santo Antônio do Aracanguá
(SP). Com um ano e sete meses de carreira, ele que era jogador de futebol
profissional, conseguiu sua primeira fivela de campeão nacional, além de um
carro zero km. O campeão da etapa, que levou um moto para casa, foi Jackson
Lamim, de Nova Itacolomi (PR).
“É
um desafio no Brasil entregar um carro para o campeão, é um desafio no Brasil
realizar uma final, mas graças a parceria com o Tony Nascimento, e muito
empenho da diretoria da IPR, isso foi possível” Disse Valdecir Birtche
“Dici” Presidente da IPR no Brasil.
Deixando
de lado a parte esportiva, até aqui creio que, o que escrevi acima não é
novidade. O destaque desta final, além do campeão, da premiação, de ser em uma
praia, foi o formato do rodeio e o desafio e a coragem de duas pessoas: Tony
Nascimento e José Amaro Martins, o “Neco” Prefeito de São João da Barra.
Realizar
um rodeio sem shows sertanejos, ou qualquer outro show em questão, essa era a
missão dos nomes citados acima. Para quem nunca foi em rodeios no Rio de
Janeiro, praticamente não existe eventos, rodeios, shows, cobrados, são todos
bancados pelas prefeituras, com portões abertos.
Talvez
você pense que seria fácil, mas não foi. O evento foi em conjunto com as
comemorações do verão, que envolvia shows nacionais nas praias, com trio
elétrico e tudo mais, etc. E sabe que horário isso acontecia? No mesmo horário
do rodeio.
E
muito longe de ser concorrência com ninguém, afinal a própria prefeitura era
responsável, junto ao departamento de turismo, para atrair os turistas na
cidade e nas praias de Grussai, Atafona e Açu pela realização dos outros shows.
No
mesmo final de semana do rodeio, aconteceram shows com: Nosso Sentimento em
Grussai (15), Zé Ramalho em Açu (15) e Zélia Duncan em Atafona (16). E o bacana
disso tudo é que o rodeio foi inserido no calendário de atracações.
É
necessário fazer uma pausa. Talvez seu pensamento esteja voltado para “O
Eugênio contra os Shows”. Não é verdade isso, mas também não é mentira. O que é
certo, é que estou defendendo meu ganha pão, O RODEIO.
Pausa
feita, voltemos para o Rio de Janeiro, onde Tony Nascimento montou uma
arquibancada para nove mil pessoas aproximadamente – Confesso que duvidei que
iria ser preenchidos todos os lugares quando vi o tamanho dela – o certo
é que o público veio, lotou e participou.
O
que aconteceu no Rio de Janeiro, embora tenha sido uma ousadia de dois
empreendedores, não é vitória só deles, mesmo eles arriscando muito, imagine um
evento com arquibancadas vazias que desastre seria, foi uma vitória do rodeio.
Foi
um experimento, um teste - ousado, diga-se de passagem – para saber e provar
que TEMOS PÚBLICO, EXPECTARODES, AMANTES, ADMIRADORES, enfim defina como
quiser.
“Precisávamos
provar para nós mesmo, que temos nosso público” Explicou Tony Nascimento. “O
custo de um evento deste para três ou quatro dias, é menor do quem um show”
Afirmou.
“Mas
Eugênio isso foi lá no rio de janeiro”! Ai é que você se engana, quantas festas
não estão fazendo mais os conhecidos “Mega ‘caros’ Shows” todos os dias, e sim
fazendo dois shows grandes, e muitas outras um somente? Ninguém aguenta.
Não
sou hipócrita e ignorante em achar que sonho com Barretos, Americana, Rio
Preto, realizar só rodeios e sem shows. Não sou tão sonhador assim. O problema
é que, estas festas e talvez, outras vinte no mesmo porte, fazem parte de uma pequena
camada de poder aquisitivo e fama, que suportam isso, estão preparadas para
isso. Afinal, não estou aqui fazendo campanha para acabar com os shows.
Não
acho crime fazer shows, sempre disse, é bacana. É bonito, não sou contra.
Afinal tem muito gente lá, assim como cá, dependendo disso para seu sustento. O
problema é que, nem tudo que é bonito, cabe no bolso. Ou você acha que eu não
acho uma Ferrari bonita? Lógico que acho. Eu não tenho é dinheiro pra comprar.
Vejo
dezenas de rodeios regredindo em relação a grandes shows. Outra coisa que não
sonho é com greves, boicotes, etc, etc. Longe disso, quero aqui destacar que,
aconteceu lá no Rio de Janeiro, na cidade chamada São João da Barra, que é
governada pelo Prefeito “Neco”, uma final de campeonato na praia, organizado
pelo empresário, tropeiro, dono de estrutura, e organizador de rodeios Tony
Nascimento, que foi assim. VINTE E SETE MIL PESSOAS FORAM LÁ ASSISTIR.
Estou
aqui rebatendo, e provando que: Temos nosso público sim. Em resposta há alguns
empresários que dizem que ninguém nas festas para assistir rodeio. Vai sim. Lá
em São João da Barra foram, e com vários shows gratuitos nas cidades e praias
vizinhas. E eu gostei disso!
Do
mesmo jeito que um empresário, ou até mesmo o artista têm o direito de dizer:
“Tantas mil pessoas hoje na cidade tal” Eu tenho o mesmo direito de falar: “27
mil pessoas foram em São João da Barra só para assistir rodeio”.
Parabéns
ao Tony Nascimento, e a Prefeitura de São João da Barra, por essa iniciativa.
Tenho a certeza que não foi em vão!
Por
Eugênio José – MTB: 67.231/SP
contato@eugeniojose.com.br
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